A OTAN está mirando no Sul: dois países da região, Colômbia e Brasil, expressaram desejo de se unir à Aliança, escreveu a revista austríaca Contra Magazin. Os eventuais integrantes sul-americanos do bloco poderiam se concentrar contra Cuba, Venezuela e Nicarágua, advertiu o autor da matéria, Marco Maier.
Sputnik
Em maio de 2018, o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou o ingresso da Colômbia à OTAN como "sócio global".
© REUTERS / Ints Kalnins |
Atualmente, a lista de "sócios globais" da OTAN inclui Afeganistão, Austrália, Iraque, Japão, Mongólia, Nova Zelândia, Paquistão e Coreia do Sul, recordou Maier.
"Nenhum destes países está na região do Atlântico Norte. Não obstante, todos mantêm na medida do possível uma estreita cooperação militar com Washington, ou simplesmente são vassalos dos EUA, ou, de fato, ainda estão ocupados pelos norte-americanos", explicou o jornalista.
O autor recordou também que o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou claro que estava "considerando seriamente a participação do Brasil na Aliança Atlântica, ou alguma outra aliança formal com o país sul-americano".
De acordo com Marco Maier, se o Brasil e a Colômbia realmente se unirem à OTAN, podem ser seguidos por outros países da América do Sul, cujos governos colaboram estreitamente com os EUA.
"Enquanto os integrantes europeus da OTAN se concentram em seu vizinho oriental, Rússia, os integrantes latino-americanos do bloco militar ocidental poderiam se concentrar nos países governados pela esquerda (Cuba, Venezuela, Nicarágua…), e empreender uma intervenção armada com a ajuda dos EUA", concluiu o jornalista.
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