O governo canadense, conforme esperado, informou nesta sexta-feira que permitirá audiência de extradição da vice-presidente financeira da Huawei Technologies, que foi detida no Canadá no fim do ano passado.
Por David Ljunggren | Reuters
OTTAWA (Reuters) - Meng Wanzhou, atualmente em prisão domiciliar, comparecerá diante da corte em Vancouver em 6 de março para definição do dia da audiência. Meng e a Huawei enfrentam acusações dos Estados Unidos de conspirar para violar sanções norte-americanas ao Irã.
Meng Wanzhou | Reprodução |
“Hoje, autoridades do departamento de Justiça do Canadá emitiram autorização, formalmente iniciando o processo de extradição de Meng Wanzhou”, informou o governo em comunicado.
“O departamento está satisfeito que... haja evidência suficiente para ser apresentada diante de um juiz de extradição.”
Especialistas jurídicos previram que Ottawa daria sinal verde para o processo dada a relação judicial próxima entre Canadá e Estados Unidos.
Pode levar anos até que a executiva seja enviada para os EUA, já que o sistema judicial canadense permite múltiplas apelações.
A decisão deve azedar as relações já ruins do Canadá com a China, que exige a libertação de Meng.
Após a prisão, a China deteve dois cidadãos canadenses com base em motivos de segurança nacional, e um tribunal chinês depois sentenciou à morte um canadense que anteriormente havia sido preso por contrabandear drogas.
O ministro da Justiça canadense, David Lametti, recusou-se a comentar.