O assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, avisou os países "de fora do Hemisfério Ocidental" para que não instalem forças militares na Venezuela.
Sputnik
Ele sublinhou também que os Estados Unidos vão considerar essas ações provocativas e "uma ameaça direita à paz internacional e à segurança na região".
John Bolton © AP Photo / Cliff Owen |
"Advertimos veemente os atores de fora do Hemisfério Ocidental contra a instalação de forças militares na Venezuela ou em qualquer outro lugar no Hemisfério na tentativa de estabelecer ou expandir operações militares", revelou ele.
Ele acusou também o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de estar tentando permanecer no poder usando "o pessoal e o equipamento militares russos". Bolton declarou que os EUA continuarão protegendo seus interesses no Hemisfério Ocidental.
Anteriormente, o adido militar da embaixada venezuelana em Moscou, José Rafael Torrealba Pérez, comentou a presença de especialistas russos no país caribenho. Segundo ele, trata-se de colaboração técnico-militar. De forma alguma a presença militar russa tem a ver com a possibilidade de operações militares na Venezuela.
O assessor do presidente russo, Yuri Ushakov, por sua vez, afirmou que a colaboração entre a Rússia e a Venezuela decorre "no quadro de relações normais com o governo legítimo" da Venezuela.
O desembarque de aviões militares russos An-124 e Il-62 na Venezuela em 23 de março foi criticado pelos EUA. O vice-presidente, Mike Pence, chamou de "provocação indesejável", enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que "a Rússia deve sair" da Venezuela, acrescentando que todas as opções estão sendo avaliadas.
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