O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta quinta-feira que os militares serão atingidos pela reforma da Previdência, mas ressaltou que serão respeitadas as especificidades de cada Força.
Por Rodrigo Viga Gaier | Reuters
RIO DE JANEIRO - Bolsonaro não deu detalhes sobre a reforma do sistema previdenciário dos militares, dizendo apenas que a mudança vai exigir sacrifícios.
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro 07/01/2019 REUTERS/Adriano Machado |
“O que eu quero dos senhores é sacrifício também, entraremos sim numa nova Previdência que atingirá os militares, mas não deixaremos de lado e não esqueceremos as especificidades de cada Força”, disse ele em discurso ao participar de cerimônia em homenagem ao aniversário de 211 anos do Corpo de Fuzileiros Navais, em evento no Rio de Janeiro.
O governo enviou no mês passado ao Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, e prometeu enviar o projeto de lei referente aos militares até o dia 20 de março.
Parlamentares, no entanto, mostraram resistência em fazer avançar a tramitação da reforma geral enquanto não for enviado pelo governo o projeto que envolve as Forças Armadas.
O evento com militares no Rio foi a primeira agenda oficial de Bolsonaro após a polêmica causada durante o Carnaval por um vídeo controverso publicado pelo presidente no Twitter para criticar as festividades.
Bolsonaro não fez qualquer comentário no breve discurso sobre a repercussão da postagem, mas declarou que quer ao seu lado pessoas que apoiam a família, a democracia e aqueles que têm uma ideologia semelhante à dele.
“O que eu quero é colocar o Brasil em lugar de destaque que merece no mundo”, finalizou.