As autoridades do Afeganistão deram nesta sexta-feira por finalizado o ataque a uma base militar na província de Helmand, no sul do país, que terminou com a morte de pelo menos cinco membros das forças de segurança e 20 talibãs, após quase 17 horas de enfrentamentos.
EFE
Cabul - "O ataque às forças militares acabou com a morte de 20 terroristas", informou à Agência Efe o porta-voz do escritório do governador de Helmand, Omar Zwak, que explicou que a ação começou de madrugada e terminou às 19h20 (horário local, 11h50 em Brasília).
Soldado afegão em foto de janeiro. EFE/ Ghulamullah Habibi |
Dos insurgentes mortos no ataque à base militar, que abriga o quartel-general de um corpo do Exército e uma importante base aérea, oito carregavam explosivos e as forças de segurança foram obrigadas a atuar com precaução para minimizar as baixas, acrescentou Zwak.
Além dos cinco militares mortos, 12 ficaram feridos.
O porta-voz indicou que "as forças de segurança ainda continuam as operações de busca, embora por enquanto não tenham encontrado a resistência de nenhum dos agressores, se é que algum deles tenha sobrevivido".
Por sua vez, o porta-voz talibã Qari Yusuf Ahmadi reivindicou a autoria da ação em uma declaração divulgada na plataforma de mensagens Viber.
Ahmadi afirmou que os agressores ainda estavam vivos e afirmou que durante a operação "até agora 70 soldados americanos e mais de cem mercenários tinham morrido e um grande número tinha sido ferido", mas é sabido que a organização insurgente costuma oferecer informações tendenciosas sobre o alcance das suas ações.
Por outro lado, o porta-voz das forças dos Estados Unidos no Afeganistão, o coronel Dave Butler, negou que tenha havido baixas entre os soldados americanos na ação dos talibãs e afirmou que "o ataque foi repelido pelas corajosas forças de segurança afegãs".
"Parem de brigar contra seus próprios compatriotas e levem a paz a sério", acrescentou Butler em mensagem no Twitter.
Estes fatos acontecem em meio à quinta rodada de reuniões em Catar entre uma delegação de talibãs e representantes dos EUA para abordar as negociações de paz no Afeganistão.