Após apoio de países europeus a Juan Guaidó, Nicolás Maduro volta a negar novas eleições presidenciais no país.
Por G1
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira (5) que a crise na Venezuela só poderá ser resolvida se autoridades do governo de Nicolás Maduro e a oposição conversarem diretamente, informou a agência de notícias RIA.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira (5) que a crise na Venezuela só poderá ser resolvida se autoridades do governo de Nicolás Maduro e a oposição conversarem diretamente, informou a agência de notícias RIA.
Combinação de fotos mostra Juan Guaidó e Nicolás Maduro — Foto: Yuri Cortez/ AFP |
"Continuamos a acreditar que a única maneira de sair desta crise é sentar o governo e a oposição na mesa de negociações", disse Lavrov, segundo a RIA. "Caso contrário, será simplesmente a mesma mudança de regime que o Ocidente fez muitas vezes."
Nesta segunda-feira, os principais países europeus reconhecerem o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, aumentando o aspecto global da crise que envolve o regime socialista de Maduro, que tem o apoio de Moscou.
Esses países haviam dado um ultimato de 8 dias para que Maduro convocasse eleições, ou reconheceriam Guaidó, que também tem o apoio de Estados Unidos, Brasil e outros países da América. A oposição e boa parte da comunidade internacional consideram que as últimas eleições presidenciais venezuelanas foram arbitrárias e fraudulentas.
Novas eleições?
Após o apoio dos países europeus a Guaidó, Maduro voltou a negar a realização de eleições presidenciais no país. Em entrevista ao canal RT, ele afirmou: "O problema está na oposição, e não nas eleições regulares".
Por sua vez, a oposição diz organizar o processo para novas eleições, de acordo com o jornal "El Universal". A Assembleia Nacional, liderada pela oposição, mas não reconhecida por Maduro, anunciou nesta segunda que vai designar um comitê para estabelecer um novo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Ajuda humanitária
Nesta segunda, o Grupo de Lima - que também apoia Guaidó e do qual o Brasil faz parte - se reuniu em em Ottawa, no Canadá, e pediu que as Forças Armadas das Venezuela demonstrem sua lealdade ao opositor e pediu a entrega imediata de auxílio humanitário ao país.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou uma ajuda de US$ 53 milhões ao povo venezuelano. "Hoje, o Canadá anuncia (uma ajuda) de US$ 53 milhões para atender às necessidades mais urgentes dos venezuelanos, principalmente os quase três milhões de refugiados", declarou Trudeau.