O parlamentar iraquiano Hassan Salem disse nesta quarta-feira que o líder do grupo terrorista Daesh, Abu Bakr Baghdadi, viaja livremente pelo deserto da província de Anbar sob proteção dos militares dos EUA.
Sputnik
"O líder do Estado Islâmico [Daesh], Baghdadi, está no deserto ocidental, na província de Anbar, sob proteção militar dos EUA. Ele viaja entre o Iraque e a Síria protegido pelos Estados Unidos", disse Salem, segundo a agência de notícias libanesa El-Nashra.
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O parlamentar observou que o apoio ao líder do Daesh foi fornecido pela base aérea de Ayn al-Asad, onde tropas dos EUA estavam mobilizadas. Salem também acrescentou que os Estados Unidos "apoiaram Baghdadi devido a preocupações com possível endosso do projeto de lei sobre a expulsão de tropas dos EUA do Iraque".
Baghdadi já foi dado como morto inúmeras vezes nos últimos anos, mas o líder terrorista ressurgiu em todas elas para provar estar vivo. Em junho de 2017, o Ministério da Defesa russo disse que Baghdadi poderia ter sido morto como resultado de um ataque da Força Aérea russa em 28 de maio de 2017, nos subúrbios ao sul de Raqqa. Porém, em setembro de 2017, uma suposta gravação de áudio trazia Baghdadi dando ordem aos soldados terroristas, lançando novas dúvidas sobre a afirmação dos militares russos.
No início de fevereiro deste ano, um membro da Aliança Fatah disse à Sputnik que um projeto de lei pedindo a retirada das tropas americanas do Iraque poderia se tornar um dos primeiros pontos a ser debatido pelo Parlamento nacional após o recesso.
O presidente dos EUA, Donald Trump defende que os EUA mantêm tropas no Iraque para poder "observar ao Irã". Após a declaração, o primeiro vice-presidente do Parlamento iraquiano, Hassan Kaabi, disse que o legislativo pretendia elaborar um projeto de lei quanto ao acordo de segurança com os Estados Unidos, levando à retirada de todas as tropas estrangeiras do país.
O presidente iraquiano, Barham Salih, também observou que Washington não pediu permissão a Bagdá para enviar tropas americanas para o país com o objetivo de "vigiar" Teerã.