O Ministério das Relações Exteriores de Cuba revelou voos de aviões de transporte militares dos EUA para o Caribe a partir de bases militares americanas, onde estão instalados fuzileiros navais e forças especiais.
Sputnik
"Entre 6 e 10 de fevereiro de 2019, aviões de transporte militares realizaram voos em direção ao Aeroporto Rafael Miranda de Porto Rico, à base da força aérea San Isidro na República Dominicana e a outras ilhas do Caribe, que estão estrategicamente localizadas, provavelmente sem governos desses países estarem sabendo", lê-se em comunicado do Ministério das Relações Exteriores cubano.
C-130 Hércules da USAF © flickr.com/ Steven Straiton |
Chancelaria cubana informa que os aviões decolaram de bases militares dos EUA, onde estão instaladas unidades de forças especiais e de fuzileiros navais, que "são usadas para realizar operações secretas, incluindo operações contra os chefes de outros governos".
Neste sentido, o governo cubano condena as ações dos EUA, como informou o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, no Twitter.
O chanceler cubano pediu a união da comunidade internacional para deter intervenção militar contra o governo venezuelano de Maduro.
Anteriormente, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, condenou a iniciativa dos EUA, que propõe que o Conselho de Segurança da ONU adote uma resolução que comprometa a Venezuela a receber assistência humanitária de países estrangeiros.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que não permitirá que a ajuda humanitária estrangeira entre no país, como a oposição insiste. Segundo ele, a Venezuela é capaz de satisfazer todas as necessidades de seu povo e não deve pedir ajuda a ninguém.
No dia 31 de janeiro, o Parlamento Europeu pediu aos países europeus que se juntem ao reconhecimento do líder da oposição. A Rússia, China, Irã e Turquia reafirmaram seu apoio ao atual governo venezuelano de Maduro, enquanto vários países latino-americanos, dentre eles Brasil, alinhados aos EUA e UE, expressaram apoio a Guaidó.
A crise política venezuelana se agravou no dia 23 de janeiro, depois que o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país durante protestos antigovernamentais realizados nas ruas de Caracas.