Nesta terça-feira (19) o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, acusou os Estados Unidos de concentrarem tropas perto da fronteira da Venezuela.
Sputnik
Anteriormente Rodríguez já tinha informado que aviões de transporte militares da Força Área dos EUA realizaram voos para as ilhas do Caribe, provavelmente sem os governos desses países estarem sabendo. Estes aviões decolaram de bases militares dos EUA, onde estão instaladas unidades de forças especiais e de fuzileiros navais "usadas para realizar operações secretas, incluindo operações contra dirigentes de outros governos".
Parquedistas norte-americanos (arquivo) © AP Photo/ Darko Vojinovic |
"Posso reiterar que conto com todos os dados que me permitem afirmar que estão sendo realizados voos de bases americanas, onde há unidades de operações especiais do exército e de fuzileiros navais usadas para desta natureza, em preparação de ações contra a Venezuela", disse Rodriguez em entrevista coletiva em Havana transmitida no portal Granma.
Segundo o ministro cubano, esses voos nada têm a ver com a prestação de assistência humanitária à Venezuela, promovida por parte da comunidade internacional.
Também no seu discurso, o ministro relatou que "o governo dos Estados Unidos continua exercendo pressão sobre os Estados membros do Conselho de Segurança da ONU para forçar a adoção de uma resolução que seria o prelúdio de uma "intervenção humanitária".
De acordo com Rodríguez, tal resolução inclui o diagnóstico de uma situação de violação da paz e segurança da nação venezuelana e insta todos os atores da política internacional a usar as medidas necessárias.
No dia 23 de janeiro, o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou "presidente interino" do país durante um ato realizado nas ruas de Caracas.
Os EUA, a União Europeia e uma série de países da América Latina, inclusive o Brasil, manifestaram seu apoio a Guaidó e à oposição venezuelana. Nicolás Maduro recebeu apoio da Rússia, Cuba, México, Bolívia, Nicarágua, Turquia e Irã. A Rússia, China e vários outros países apoiaram Nicolas Maduro como presidente legítimo da Venezuela.