O deputado opositor Angel Medina afirmou na sexta-feira que o governo venezuelano reforçou a presença militar na fronteira com o Brasil, país que pode ser um centro de coleta de ajuda humanitária solicitada pelo Parlamento e que o presidente Nicolás Maduro se nega a aceitar.
EFE
Caracas - "Eles reforçaram a presença militar na fronteira com o Brasil. Limitam o tráfego e realizam buscas detalhadas em veículos, buscando ajuda humanitária", disse no Twitter, especificando que a presença militar foi reforçada na estrada de Santa Elena de Uairen, no estado venezuelano de Bolívar, no sul do país.
O deputado opositor venezuelano Angel Medina. EFE/Cristian Hernández |
Em meio à crise venezuelana e que ocasionou a escassez de medicamentos e alimentos, o Parlamento venezuelano, presidido pelo opositor Juan Guaidó, solicitou no mês passado a ajuda humanitária.
O líder opositor - que se autoproclamou presidente encarregado da Venezuela por considerar que Maduro "usurpa" o poder ao vencer as eleições classificadas de "fraudulentas"- anunciou na semana passada, que em Cúcuta (Colômbia), Brasil e uma ilha do Caribe seriam os centros de coleta para esta ajuda.
Após esse anúncio, na última quarta-feira, o governo de Porto Rico enviou um carregamento de ajuda humanitária à Venezuela.
Nesse mesmo dia, o deputado Franklyn Duarte fez uma queixa semelhante a Medina, mas no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, para garantir que houvesse um bloqueio na ponte Tienditas, uma infraestrutura sem inauguração que liga Cúcuta com a cidade venezuelana de Ureña e para o qual a entrada da ajuda foi antecipada.
Mas hoje, o governo venezuelano disse que os obstáculos nessa ponte não são novos ao lembrar que a infraestrutura não foi inaugurada, enquanto Maduro reiterou sua recusa em aceitar a ajuda humanitária por considerá-la "esmola" e "humilhação".