O presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou pessoalmente um ciberataque dos militares norte-americanos contra a Agência de Pesquisa pela Internet (IRA, na sigla em inglês), russa durante as eleições de meio de mandato de 2018, comunicou o canal NBC, citando fontes informadas.
Sputnik
Segundo o canal, esse ataque cibernético se tornou o "passo mais agressivo da administração Trump na luta contra a intervenção russa nas eleições".
O prédio que abrigou a Agência de Pesquisa na Internet em São Petersburgo, (Dmitri Lovetsky / AP) |
Anteriormente, o jornal Washington Post havia informado que o Comando Cibernético das Forças Armadas dos EUA bloqueou o acesso da IRA à internet durante as eleições de meio de mandato do ano passado. Segundo as suas fontes, foi uma parte da primeira campanha cibernética ofensiva contra a Rússia, destinada a prevenir supostas "tentativas de intervir nas eleições norte-americanas".
As fontes do canal comunicaram que o Comando Cibernético dos EUA realizou um ataque, utilizando os dados da inteligência da Agência de Segurança Nacional, deixando a a IRA sem internet. A interrupção começou quando os americanos foram às urnas e durou até ao apuramento dos votos, aproximadamente um dia depois.
A Casa Branca se recusou a comentar oficialmente a informação do canal. O representante do Comando Cibernético dos EUA declarou que a entidade "continua trabalhando no âmbito do empenho governamental de defesa das eleições e instituições democráticas da influência estrangeira negativa".
Após as eleições presidenciais de 2016 os EUA acusaram a Rússia de intervir no pleito. Moscou desmentiu repetidamente essas acusações. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, assinalou que não houve nenhuns fatos ou provas de qualquer alegada influência.