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06 fevereiro 2019

Homens presos pelas Forças Armadas no Rio dizem ter sido torturados dentro de quartel

Eles foram detidos durante uma operação em agosto do ano passado, quando ainda vigorava a Intervenção Federal na segurança pública do RJ.


Por Paulo Mário Martins | RJ1

Três homens presos pelas Forças Armadas contaram à Justiça que foram torturados dentro de um quartel do Exército. A informação foi publicada nesta quarta-feira (6) pelo Jornal Extra.

Jefferson, no dia da audiência de custódia

A sessão de tortura, segundo os relatos, aconteceu em uma sala da 1ª Divisão de Exército, que fica na Vila Militar, Zona Oeste do Rio. De acordo com a reportagem, a revelação aconteceu numa audiência no Tribunal de Justiça na terça-feira (5).

Um dos homens ouvidos disse que foi colocado numa cadeira virado para a parede e que os militares começaram a fazer perguntas. Como não sabia responder, foi agredido.

“Eles me colocaram numa cadeira, virado para a parede, e começaram a fazer perguntas. Achavam que, só porque moro lá, sou obrigado a saber de tudo. Como não sabia, me batiam com uma ripa [de madeira] nas costas e na cabeça. Me fizeram comer papel. Perguntaram que gosto tem. Eu disse ‘nenhum’. Depois botaram spray de pimenta no papel e mandavam eu comer. Depois falavam: ‘Agora tem gosto, né! Responde o que a gente quer’", disse ele, durante a audiência.

Ele e mais dois homens foram detidos durante uma ação no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, em agosto do ano passado, quando ainda vigorava a Intervenção Federal na segurança pública do RJ.

Os três foram presos em flagrante, acusados de estarem com drogas e munição, o que eles negam.

Outros quatro homens detidos na mesma operação já tinham denunciado a tortura. Eles contaram, em três ocasiões diferentes, que foram espancados com pedaços de madeira e levaram chicotadas com fios elétricos dentro de uma sala vermelha no quartel.

O responsável pela operação no dia também prestou depoimento. Segundo a reportagem, o coronel Deocleciano José de Santana Netto não negou à Justiça a possibilidade de ter havido tortura dentro do quartel, mas afirmou que não conhece a "sala vermelha".

O Comando Militar do Leste afirmou que não foi notificado oficialmente.


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