As Forças da Síria Democrática (FSD), integradas principalmente por milícias curdas, assumiram o controle da parte norte da cidade de Al Baguz, último reduto controlado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no leste da província de Deir ez Zor, no leste da Síria.
EFE
Beirute - Segundo a agência de notícias curda "Hawar", os milicianos que recebem apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos conseguiram dominar a zona norte da cidade depois de dias de combates com os jihadistas.
Curdos das Forças Democráticas da Síria | Reprodução |
Após assumirem o controle do setor norte de Al Baguz, os milicianos fizeram um pente fino na área e encontraram um grande depósito de armas e um hospital de campo para cuidar dos combatentes feridos, acrescentou a agência em seu site.
Segundo a "Hawar", os extremistas estão utilizando os civis que ainda permanecem nessa cidade como "escudos humanos", por isso que o avanço das FSD está sendo desacelerado.
Al Baguz é a última região habitada nas mãos do EI, depois que o grupo perdeu a maior parte dos territórios que dominava na margem oriental do rio Eufrates em sua passagem por Deir ez Zor.
Por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) garantiu que o EI já não controla Al Baguz e que os últimos combatentes do grupo estão em campos de cultivo.
O OSDH afirmou hoje em comunicado que as FSD e a coalizão internacional liderada pelos EUA "continuam com suas tentativas" para fazer com que os últimos integrantes do EI se rendam e se entreguem.
Segundo o OSDH, as FSD fizeram buscas na região para desativar minas e artefatos explosivos colocados pelos radicais e encontraram pelo menos 26 corpos pertencentes a integrantes do EI.
Além disso, ontem à noite muitas famílias de combatentes tentaram, mas não obtiveram sucesso, atravessar o rio Eufrates para a margem ocidental, onde estão posicionadas as tropas do exército sírio.
Ontem, as FSD asseguraram que o EI estava encurralado em um espaço inferior a um quilômetro quadrado na região de Al Baguz, mas o avanço das milícias era lento devido à presença dos civis, de minas e pela utilização de terroristas suicidas por parte do grupo jihadista.
As FSD lançaram há uma semana a operação para expulsar definitivamente o EI das últimas regiões controladas pelos jihadistas a leste do rio Eufrates, o que restou do "califado" que o grupo radical estabeleceu em 2014 nos territórios que ocupou na Síria e no Iraque.