Os militares venezuelanos devem apoiar o líder oposicionista e autoproclamado presidente interino Juan Guaidó para acabar com a perseguição política na Venezuela, disse o presidente colombiano Iván Duque em reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Sputnik
"Temos que convidar claramente os membros das forças militares da Venezuela a apoiar a Assembleia Nacional e o presidente Guaidó, dando-lhes as garantias para que o povo venezuelano possa falar francamente, a fim de logo acabar com essa terrível fase de violência e perseguição política", disse Duque.
Iván Duque © REUTERS / Arnd Wiegmann |
Duque destacou a necessidade de um grupo diplomático que promova a validade da Assembleia Nacional para proteger o povo venezuelano.
Na quinta-feira, Duque anunciou que o Grupo de Lima realizará uma reunião na próxima semana em Bogotá para discutir a situação na Venezuela.
O Grupo de Lima foi criado em 2017 e visa acabar com a crise na Venezuela. O grupo inclui Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guiana, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru.
Em 4 de fevereiro, o Grupo de Lima se reuniu em Ottawa, Canadá, onde reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela e o aceitou como membro do bloco.
Guaidó proclamou-se presidente interino em 23 de janeiro, depois que a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, proclamou que o atual presidente venezuelano Nicolás Maduro usurpou o poder.
Maduro chamou Guaidó de fantoche dos Estados Unidos e informou Washington de sua decisão de romper relações diplomáticas. No entanto, os Estados Unidos se recusaram a retirar seu pessoal diplomático da Venezuela.
Os militares venezuelanos reiteraram sua lealdade ao presidente Maduro, apesar dos apelos da oposição para mudar de lado.