Para o governo cubano, EUA preparam aventura militar disfarçada de 'intervenção humanitária' no país.
France Presse
O governo de Cuba, que é um importante aliado do presidente Nicolás Maduro, afirmou na quarta-feira (13) que tropas dos Estados Unidos avançam pelo Caribe para preparar uma "agressão" e "aventura militar" contra a Venezuela, disfarçada de "intervenção humanitária".
O governo de Cuba, que é um importante aliado do presidente Nicolás Maduro, afirmou na quarta-feira (13) que tropas dos Estados Unidos avançam pelo Caribe para preparar uma "agressão" e "aventura militar" contra a Venezuela, disfarçada de "intervenção humanitária".
Em imagem de arquivo, presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, participa da cerimônia de posse de Nicolás Maduro em Caracas — Foto: Yuri Cortez/AFP |
O ministério das Relações Exteriores de Cuba citou movimentações de forças especiais dos Estados Unidos rumo a "aeroportos de Porto Rico, República Dominicana e outras ilhas do Caribe, sem o conhecimento de seus governos".
"Continua a preparação de uma agressão militar contra a Venezuela sob pretexto humanitário", afirmou no Twitter a chancelaria de Cuba.
A diplomacia cubana afirmou que os deslocamentos aconteceram entre 6 e 10 de fevereiro, em "aviões de transporte militar para o aeroporto Rafael Miranda de Porto Rico, a Base Aérea de San Isidro na República Dominicana e outras ilhas do Caribe estrategicamente localizadas".
Cuba afirma que "meios políticos e da imprensa, inclusive americanos", revelaram que "figuras extremistas" dos Estados Unidos organizam uma "tentativa de golpe de Estado na Venezuela por meio da ilegal autoproclamação de um presiddente".
O líder opositor venezuelano e presidente do Parlamento, Juan Guaidó, é reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 40 países e tem forte apoio do presidente americano, Donald Trump.
Na quarta-feira, Guaidó assumiu o controle político do Citgo, filial da empresa venezuelana PDVSA nos Estados Unidos, em sua estratégia de asfixiar economicamente o governo de Maduro.
Ao mesmo tempo, um carregamento de ajuda humanitária enviado pelos Estados Unidos está desde 7 de fevereiro em um centro de coleta na cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta, bloqueado por militares venezuelanos.