O Irã transformou-se de um país com "máxima confiança" nos Estados Unidos para uma grande potência no sudoeste da Ásia, disse o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major-general Mohammad Baqeri.
Sputnik
Falando na Universidade Shahid Sattari de Engenharia Aeronáutica na terça-feira em um evento dedicado às comemorações do 40º aniversário da Revolução Iraniana, o oficial descreveu os eventos revolucionários como um "milagre divino".
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"Em qualquer momento da história, os inimigos da Revolução fizeram o que tinham à sua disposição", mas sem sucesso, disse Baqeri, segundo a Press TV. "É uma grande honra para a nação iraniana que hoje se transformou em uma grande potência no sudoeste da Ásia depois de passar por dois séculos de humilhação", acrescentou, referindo-se em particular à "era negra" enfrentada pelo regime xaísta de Shahl Pahlavi.
Segundo Baqeri, o Irã deve sua segurança a suas forças armadas que permitiram ao país ter estabilidade apesar de estar "na região mais insegura do mundo" e de sua indústria militar, que permite ao Irã enfrentar adversários regionais como a Arábia Saudita, Emirados Árabes e Israel, que gastam pelo menos US$ 100 bilhões por ano em defesa.
O comandante também repreendeu os EUA por seu enorme orçamento militar. "A cada ano, mais de US$ 700 bilhões são gastos pelas Forças Armadas dos EUA, que não têm planejamento adequado", disse ele.
Com um orçamento de defesa de US $ 7-8 bilhões por ano, o Irã produz quase 90% de seu equipamento militar no país, disse Baqeri.
No sábado, o Irã revelou um novo míssil de cruzeiro apelidado de Hoveyzeh, com alcance de mais de 1.350 km e a capacidade de voar em baixas altitudes para evitar a interceptação. O respeitado site de inteligência militar israelense DEBKAfile alertou que o míssil, que poderia chegar a Israel, provavelmente não pode ser interceptado por sistemas de defesa de mísseis israelenses ou norte-americanos.
O Irã tem um grande arsenal de sistemas de mísseis convencionais de curto, médio e longo alcance desenvolvidos domesticamente. Os Estados Unidos, Israel, a Arábia Saudita e a União Europeia argumentam que essas armas representam uma ameaça à segurança regional. O Irã insiste que os mísseis são uma ferramenta de dissuasão contra o ataque do inimigo e que a posse desses armamentos "não é negociável" para a República Islâmica.