O conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, pediu neste sábado (2), que o militares venezuelanos e também os funcionários do Banco Central da Venezuela tomem posição em favor da oposição ao presidente Nicolás Maduro durante a crise política no país.
Sputnik
"Ao alto comando militar venezuelano, agora é a hora de tomar o lado do povo venezuelano. É seu direito e responsabilidade defender a constituição e a democracia na Venezuela! […] os funcionários do Banco Central venezuelano e outros banqueiros devem aceitar a anistia do presidente [interino Juan] Guaidó agora, pois é melhor do que serem responsabilizados pelo saque contra as riquezas do país depois", disse Bolton em sua conta oficial no Twitter.
John Bolton © AP Photo / Susan Walsh |
O conselheiro ainda postou um link para uma reportagem da Bloomberg, que afirma haver "tensões dentro do Banco [Central] estão eclodindo" e um link de um vídeo mostrando policiais deixando a cena de um protesto anti-governo em Barquisimeto, na Venezuela, recusando-se a reprimir a manifestação.
Neste sábado (2), tanto apoiadores da oposição quanto do presidente Nicolás Maduro saíram às ruas em meio a crise política no país.
Em 23 de janeiro, Guaidó, o líder oposicionista da Assembleia Nacional, autoproclamou-se o presidente interino da Venezuela. A medida foi apoiada por países como os Estados Unidos, o Brasil e a Argentina.
Já China, Turquia, Rússia, México, Uruguai e Cuba estão entre os países que reconhecem apenas Maduro como o líder legítimo da Venezuela, em respeito à vitória eleitoral do presidente em 2018.
Maduro acusa os EUA de estarem operando um golpe de Estado na Venezuela e cortou laços diplomáticos com os norte-americanos.