Segundo informações de Washington, o exército norte-americano é o principal bastião da luta contra o terrorismo internacional. Entretanto, às vezes, seus próprios militares se convertem em terroristas.
Sputnik
O jornalista Nikolai Protopopov recorda os casos, envolvendo soldados americanos, que ganharam sonoridade negativa pelo mundo.
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Um dos casos mais recentes é o do oficial da Guarda Costeira dos EUA, Christopher Paul Hasson, que foi preso na última semana pela suspeita de planejar atentado terrorista.
O militar compilou uma lista de objetivos, incluindo proeminentes políticos do Partido Democrata e jornalistas da CNN e MSNBC.
"Eu sonho com uma forma de assassinar até a última pessoa da Terra. Acho que uma peste seria o método mais eficaz, porém, não sei como conseguir a [quantidade] necessária de gripe espanhola, botulismo ou antraz, não faço ideia ainda, mas eu darei um jeito", escreveu Hasson em um e-mail.
Hasson foi inspirado por Anders Breivik, que assassinou 77 pessoas em julho de 2011, além disso, ele serviu na Marinha dos EUA entre 1988 e 1993. Posteriormente, passou a integrar a Guarda Costeira dos EUA.
Em outro e-mail direcionado a um líder neonazista, o oficial se identificou como nacionalista branco, assegurando que durante mais de 30 anos foi um skinhead.
"Felizmente a polícia norte-americana conseguiu prender Hasson a tempo e evitou que ele concretizasse seus planos. No entanto, histórias como essa, não terminam assim", escreveu Protopopov à Sputnik.
Além disso, em 2009, um dos maiores psiquiatras do Exército dos EUA, Nidal Malik Hasan, matou 13 militares a tiros, além de ferir outros 30 no centro de Fort Hood, onde todos se aglomeravam antes de partirem para o exterior.
"Hassan era um seguidor do islamismo e sempre criticava as operações militares dos EUA no Afeganistão e Iraque. Não queria combater seus correligionários, temendo que fosse enviado em uma comissão de serviços, em um dos pontos mais quentes do nosso planeta", afirma Protopopov.
Outro caso mencionado é o do sargento Ikaika Kang, que foi preso em 2017 sob a suspeita de manter vínculos com terroristas do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).
Na ocasião, o soldado se declarou culpado por ajudar o Daesh, admitindo que forneceu informação militar secreta, além de um drone aos agentes que supostamente eram membros da organização terrorista.
Além disso, soldados norte-americanos "apontaram suas armas" não apenas contra seus companheiros como também contra civis, ressalta Protopopov.
Um exemplo disso é que, em 2012, o sargento Robert Bales atirou contra civis, matando 16 pessoas em Kandahar, entrando para a história da região como "o massacre de Kandahar". Bales deixou sua base e invadiu diversas casas, matando civis enquanto dormiam.