O presidente da organização Amigos Trabalhistas da América Latina Progressista, Colin Burgon, disse à Sputnik que os EUA estão tentando afirmar seu domínio sobre a Venezuela e a América Latina, enquanto tentam excluir nações que desejam relações amistosas com Caracas.
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"Esta é uma luta em muitos níveis, é uma luta internacional pela hegemonia americana e pela hegemonia sobre a América Latina", afirmou o líder da organização.
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"A Doutrina Monroe [doutrina de política externa dos EUA proclamada em 1823 pelo então presidente James Monroe] […] está agora trabalhando contra a Rússia e a China ou qualquer outra nação que queira ter relações amistosas com a Venezuela. Em um segundo nível também há conflito dentro desses respectivos países", assegurou o ex-deputado trabalhista britânico Burgon à margem de um comício em Londres organizado pelo grupo político britânico Campanha de Solidariedade à Venezuela.
Para Burgon, todas as pessoas eram livres para decidir quem apoiar, fossem os "desacreditados regimes de direita" ou o presidente venezuelano Nicolás Maduro, acrescentando que "é uma escolha simples e clara, e as pessoas aqui hoje são claras sobre quem devemos apoiar".
Burgon questionou o verdadeiro poder do bloco europeu, a Comissão Europeia, que tem sido "definitivamente hostil" à administração de Maduro.
"Dada à forma como a UE não democrática é dirigida, é irrelevante o que o Parlamento Europeu diz. É o que a Comissão [Europeia] diz [que importa], e são os comissários que dirigem a Europa. E eles são definitivamente hostis à Venezuela."
Caracas vem enfrentando problemas com a crise política desde que o líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino do país no dia 23 de janeiro, enquanto o presidente reeleito Maduro culpa Washington de dirigir um golpe de Estado. Rússia, México e Uruguai estão entre os países que expressaram apoio a Maduro como o único líder legítimo.