Comandante do Exército nos últimos 4 anos até esta sexta-feira (11), o general Eduardo Villas Bôas deixou a liderança da caserna com prestígio incomum, não só interno, mas também externo, e descrito como um conciliador em tempos de crises.
Por Matheus Leitão | G1
Exaltado pela forma como comandou o Exército durante o período de instabilidade política que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Villas Bôas tem sido homenageado constantemente por autoridades públicas.
Exaltado pela forma como comandou o Exército durante o período de instabilidade política que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Villas Bôas tem sido homenageado constantemente por autoridades públicas.
Bolsonaro cumprimentou o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas nesta sexta-feira (11), na cerimônia de troca do comando — Foto: Marcos Corrêa/PR |
Ao blog, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot o avaliou como um “guardião da democracia”, referindo-se ao momento em que uma ala do Exército que desejava mais “participação política” das Forças Armadas acabou sendo coibida por Villas Boas.
Durante a crise mais turbulenta do governo Michel Temer, quando da revelação dos grampos da JBS envolvendo o próprio presidente, Villas Bôas declarou nas redes sociais: “A Constituição Federal brasileira há de ser sempre solução a todos os desafios institucionais do país. Não há atalhos fora dela!”.
Delegados da Polícia Federal avaliam internamente que Villas Bôas manteve o perfil de pacificador, com consenso e o diálogo, em momentos de dificuldade e embate político.
Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante a transmissão do cargo do ministro da Defesa, que Villas Bôas foi um dos responsáveis por ele estar à frente do país.