Em suas ações que tocam a Venezuela, os EUA atuam baseando-se na Doutrina Monroe, que os permitiu várias vezes intervir nos assuntos internos de vários países e, segundo opina um advogado e político americano, tal atividade provoca conflitos, inclusive com a Rússia.
Sputnik
A opinião foi expressa pelo advogado, parceiro da empresa de advocacia Marks & Sokolov e ex-senador do estado da Pensilvânia, Bruce Marks.
Militares norte-americanos | CC0 / Pixabay |
De acordo com ele, essa doutrina, de fato, reconhece que os EUA têm interesses especiais na esfera de defesa nacional. "Esses interesses preveem estabilidade dos países do Novo Mundo nas Américas do Norte e do Sul e também que os países do Velho Mundo não intervenham nos assuntos de ambas as Américas", explicou.
"Baseando-se nessa doutrina, os EUA interferiram nos assuntos internos de vários países ocidentais, inclusive Cuba, El Salvador, Granada, México e Panamá. Semelhantemente, os EUA congelaram os ativos de muitos países para promover seus interesses nacionais, inclusive no Iraque, no Irã, e em Cuba", destacou o advogado.
Nas palavras dele, o recente congelamento de ativos venezuelanos corresponde à Doutrina Monroe.
"Obviamente, por muitos anos essa doutrina levou a conflitos com a Rússia, especialmente ao redor de Cuba", indicou.
"É evidente que tudo isso ressalta a importância de pôr fim à histeria antirrussa [na sociedade americana], concluir a investigação de Muller e dar aos presidentes [Vladimir] Putin e [Donald] Trump uma oportunidade de se reunirem e de encontrarem meios de cooperação", concluiu.
No dia 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino da Venezuela. Os EUA e uma série de outros países, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela. A Rússia e vários outros países, incluindo a China, Cuba, e México, apoiam a permanência de Maduro.