No Planalto, ministros já admitem negociação com militares para reforma da Previdência

Ministros do Palácio do Planalto já admitem a necessidade de negociação para discutir alguma contribuição da categoria militar na reforma da Previdência.


Por Andréia Sadi | G1

Um dos mais próximos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro disse ao blog que há "um consenso" de que a categoria dos militares é diferente, mas que "algumas coisas serão negociadas". "Todo mundo terá de contribuir", diz o ministro.

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Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva | Reprodução

A mudança no núcleo militar ocorre após as declarações de fontes econômicas de que a categoria precisa dar o exemplo na Previdência. Por enquanto, representantes das Forças Armadas resistem a mudanças na aposentadoria.

Eles argumentam que não há na Constituição a previsão de uma previdência para a categoria, mas um regime de proteção social. Lembram que não recebem Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), hora extra e, mesmo passando para a reserva, ficam à disposição de uma eventual convocação. Destacam que é o mesmo modelo de praticamente todos os países do mundo.

Na última quarta-feira (9), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que as "peculiaridades" da carreira de militar fundamentam a "necessidade de um regime diferenciado" de previdência para a categoria.

Ao blog, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse que os militares analisaram o tema e podem contribuir de alguma maneira na reforma.

"Os militares estudaram o assunto e existem pontos que podem ser negociados para contribuir para o esforço do governo na reforma da Previdência", afirmou Mourão.


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