A lealdade dos militares ao atual governo de Nicolás Maduro foi reafirmada pelo ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, que enfatizou que agora é hora de mostrar resistência.
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"Não vamos permitir que o mundo, as redes sociais, as declarações extravagantes de governos que pretendem isolar a Venezuela, nos confundam e nos esmaguem. Não é o momento para confusão, não é o momento de hesitar, é momento de resistir", disse o ministro, cuja declaração foi publicada no site do Ministério da Defesa venezuelano.
Vladimir Padrino López © Sputnik / Sergey Mamontov |
Padrino López também apelou para que se evite a divisão da sociedade venezuelana, em prol da paz, alertando sobre as consequências de uma possível guerra.
"Conhecemos as consequências da guerra e é por isso que apelamos constantemente à paz, porque no momento em que isso possa acontecer, o que não vai acontecer porque não somos ovelhas, nem estúpidos nem imbecis, não somos, então haverá sangue, morte, enterros e a Venezuela ficará dividida, pronta para ser colocada em uma bandeja de prata para aqueles que querem colocar suas garras em nossas riquezas", afirmou.
Além disso, o ministro da Defesa adicionou que a Venezuela "não deve fazer o gosto a ninguém que tente dividi-la", ou que pretenda quebrar uma instituição fundamental para a paz do país, como é a Força Armada Nacional Bolivariana.
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino da Venezuela no dia 23 de janeiro, enquanto o presidente do país Maduro, que assumiu o segundo mandato no início do ano, classificou a situação como uma tentativa de golpe de Estado, culpando Washington de incitação.
Os EUA e uma série de outros países, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela. A Rússia e outros Estados, incluindo a China, Turquia, e Irã reafirmaram seu apoio ao atual governo venezuelano.