Grupos de direitos humanos pediram a Israel que pare de pulverizar herbicidas ao longo da fronteira de Gaza - uma prática que é a culpada por destruir plantações palestinas e causar problemas de saúde.
Sputnik
Apelidada de "guerra agrícola" pelos críticos, as autoridades israelenses insistem que eles só pulverizam culturas israelenses com herbicidas, mas os agricultores palestinos contestam essa afirmação.
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Outros indícios sugeriram que os ventos carregam os químicos perigosos, incluindo o glifosato (que foi proibido em muitos países devido ao receio de que cause câncer), através da fronteira de Gaza em território palestino.
O último caso de "guerra agrícola" teria ocorrido em dezembro do ano passado.
Ahmed Badawi, agricultor palestino, revelou que suas colheitas foram repetidamente contaminadas e arruinadas pelas pulverizações de herbicidas não solicitadas.
"Não sabemos o que fazer. É a mesma coisa de novo e de novo, todo ano", disse ele em entrevista à RT. "Sua pulverização destrói todas as plantas nas proximidades e não deixa nada para nós colhermos ao longo da fronteira. Também envenena as pessoas e as deixa doentes".
Badawi argumentou que não recebeu nenhum alívio do governo israelense. Em contraste, há casos em que os agricultores israelenses afetados pela pulverização foram compensados por suas perdas, informou Samir Zaqout, do Centro de Direitos Humanos Al Mezan.
"É isso que estamos pedindo aos agricultores palestinos em ambos os lados da fronteira. Eles devem ser tratados igualmente", acrescentou.