O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, reconheceu, neste sábado (26), ter conversado com funcionários depois de o governo de Nicolás Maduro publicar um vídeo de um suposto encontro secreto entre o número dois do chavismo e o líder parlamentar da oposição.
France Presse
"Estamos dispostos a nos reunir com todos os funcionários para o fim da usurpação e para eleições livres", disse Guaidó, hoje, em um ato com seguidores no sudeste de Caracas.
"Estamos dispostos a nos reunir com todos os funcionários para o fim da usurpação e para eleições livres", disse Guaidó, hoje, em um ato com seguidores no sudeste de Caracas.
Juan Guaidó (centro) deixa comício em Caracas, em 26 de janeiro de 2019 © Fornecido por AFP |
"Se falamos, ou não, com funcionários? Claro que fizemos isso", completou, sem admitir diretamente, porém, um encontro com Diosdado Cabello.
Guaidó chegou a negar essa reunião, depois da qual o governo divulgou um vídeo que mostra um homem magro com a cabeça coberta pelo capuz do casaco. Segundo o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, trata-se de Guaidó.
"Digam o que quiserem, invencionices com capuz, ou sem capuz. Aqui não vão confundir ninguém, aqui está a paz", desafiou o líder parlamentar.
Na imagem de um circuito interno de televisão também aparecem Cabello e o dirigente chavista Freddy Bernal. De acordo com o ministro, ambos foram convidados por Guaidó.
Hoje, o número dois do chavismo alfinetou o opositor.
"Você decide, Guaidó. Continue falando besteira e vamos expor tudo que falamos. Está nas suas mãos", disse Cabello, garantindo que o parlamentar foi à reunião sem autorização de seus aliados.