O Grupo Lima está interessado em estabelecer contatos com a Rússia e com a China para discutir uma solução para a crise na Venezuela, disse nesta quarta-feira à Sputnik o representante do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó nessa organização, Julio Borges.
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"Gostaríamos muito de ter contato com a Rússia e a China […] Espero que esta entrevista ajude a abrir a possibilidade de uma conversa franca e honesta com a Rússia e a China", afirmou.
Grupo de Lima © REUTERS / Mariana Bazo |
Consultado se ele se referia a contatos em nome de todo o Grupo Lima, Borges respondeu: "Correto."
Na terça-feira, Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, nomeou representantes do "governo interino" em vários países, incluindo nos EUA, Canadá, Argentina, Colômbia e no Grupo de Lima.
Em 23 de janeiro, Guaidó foi empossado pela oposição como "presidente da Venezuela", ao ignorar o novo mandato de Nicolás Maduro, argumentando que as eleições de maio de 2018 foram fraudulentas.
As autoridades venezuelanas asseguram que estas eleições foram realizadas de acordo com todos os regulamentos em vigor.
O Grupo de Lima, que reúne 12 países do hemisfério para promover uma "restauração democrática" na Venezuela, realizará uma reunião em Ottawa no dia 4 de fevereiro.