Erdogan adverte EUA sobre 'grande erro' ao estabelecerem condições de retirada da Síria

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Nesta terça-feira (8), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou os EUA de cometerem um "grande erro" ao protegerem os combatentes curdos na Síria, e voltou a ameaçar lançar uma ofensiva contra as milícias curdas no norte da República Árabe.


Sputnik

O líder turco reagiu assim aos comentários feitos no domingo (7) pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, que afirmou que as tropas norte-americanas não se retirarão da Síria até que os últimos bastiões terroristas do Daesh sejam destruídos e a Turquia garanta a segurança das milícias curdas apoiadas por Washington.


Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan
Recep Tayyip Erdogan © AFP 2018 / STR / TURKISH PRESIDENTIAL PRESS OFFICE

"Achamos impossível aceitar e engolir as declarações de Bolton feitas em Israel", afirmou Erdogan discursando na frente do grupo parlamentar do Partido da Justiça e Desenvolvimento Turco (AKP).

"Bolton está cometendo um grande erro, sua declaração é inaceitável", acrescentou o presidente, que chamou de "grande mentira" a luta das Unidades de Proteção Popular (YPG) na Síria contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários países).

Erdogan acrescentou que em breve a Turquia "passará a ações decisivas para neutralizar os terroristas na Síria".

Por sua vez, o porta-voz de Erdogan, Ibrahim Kalin, enfatizou nesta terça-feira (8) que os EUA não devem demorar com a retirada de suas tropas da Síria, para não darem chance aos grupos terroristas.

Durante a coletiva de imprensa após sua reunião com Bolton em Ancara, Kalin também observou que a Turquia está pedindo que Washington apreenda as armas entregues às milícias curdas na Síria.

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