Ataques realizados por Israel nesta segunda-feira contra alvos em Damasco e outros locais no sudoeste da Síria deixaram pelo menos 11 mortos, segundo informações divulgadas pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.
EFE
Cairo e Moscou - Os bombardeios, realizados por meio de aviões e também por mísseis terra-terra, causou grandes danos materiais e foi o mais violento feito por Israel na Síria desde maio do ano passado.
Soldado israelense na Síria em foto de 2018. EFE/ Atef Safadi |
Entre os 11 mortos, segundo o Observatório, estão dois sírios. As demais vítimas não foram identificadas pela organização, que alerta que o número de mortos pode aumentar porque há várias pessoas feridas em estado grave.
O Exército de Israel informou em comunicado que o ataque teve como alvos armazéns de munições do Irã e do grupo libanês Hezbollah, aliados do presidente da Síria, Bashar al Assad, além de baterias antiaéreas do regime sírio, que tentaram interceptar os mísseis.
O Observatório afirmou que o ataque durou cerca de 60 minutos e atingiu diferentes partes do país, entre elas o aeroporto de Al Zala, no sudoeste de Damasco, e o oeste da província de Sweida.
O Centro Nacional de Controle da Defesa da Rússia informou que quatro militares sírios morreram e seis ficaram feridos nos ataques realizados por Israel na noite de ontem.
"Como resultado dos ataques, além disso, a infraestrutura do aeroporto internacional de Damasco foi parcialmente danificada", informou o órgão militar russo em comunicado.
Israel informou previamente que atacaria alvos militares iranianos e baterias do sistema de defesa antiaérea da Síria em resposta ao lançamento de um míssil contra o território do país.
Segundo o governo da Rússia, as baterias antiaéreas da Síria conseguiram derrubar 30 mísseis lançados por Israel. Além disso, o Exército sírio também conseguiu repelir parcialmente um ataque feito por aviões israelenses contra alvos no sul de Damasco.
As informações foram confirmadas por veículos ligados ao governo da Síria, que relataram que o sistema de defesa antiaérea do país interceptou dezenas de mísseis israelenses.
Israel acusa o Irã de ter disparado mísseis contra o território do país ontem e afirma que essa é a "prova definitiva" das intenções da República Islâmica na Síria.
O porta-voz do Exército de Israel afirmou que as ações do Irã colocam em risco o território do país e a estabilidade regional, mas ressaltou que o governo de Benjamin Netanyahu está preparado para seguir operando quando necessário para defender os israelenses.