De acordo com os especialistas, as armas biológicas da Coreia do Norte representam uma maior ameaça do que as nucleares, já que em caso de conflito Pyongyang usaria com maior probabilidade armas biológicas, escreveu o jornal The Daily Telegraph.
Sputnik
Segundo o jornal, os serviços de inteligência revelaram o aumento brusco de buscas na internet a partir de território norte-coreano sobre pesquisas avançadas de genes e bactérias. A mídia conclui que as armas biológicas da Coreia do Norte representam uma ameaça maior do que as nucleares.
A Administração do presidente Donald Trump exerce uma grande pressão sobre a Coreia do Norte quanto à questão do armamento nuclear do país e do programa de mísseis balísticos intercontinentais. Porém, aparentemente Washington não pede esclarecimentos sobre a situação em torno das alegadas reservas de agentes bacteriológicos patogênicos. Essas armas são frequentemente apelidadas de "armamento nuclear para pobres", segundo a edição.
O funcionário do Pentágono, Andrew Weber, responsável pelos programas de defesa nuclear, química e biológica durante o mandato de Barack Obama, declarou que "a Coreia do Norte usaria com maior probabilidade armas biológicas do que nucleares".
Os analistas afirmam que a ameaça de um "contra-ataque bacteriológico devastador" visaria conter os inimigos da Coreia do Norte, apesar de os agentes biológicos poderem ser usados também na qualidade de arma ofensiva.
Um dos agentes potencialmente mais mortíferos seria, provavelmente, a varíola, capaz de matar um terço das pessoas contaminadas. Além disso, Pyongyang tem a possibilidade de produzir estirpes de carbúnculo, escreveu o jornal.
Segundo The Daily Telegraph, a Coreia do Norte não tem escondido seu programa de armas biológicas. Assim, ainda em 2015 a mídia estatal mostrou a visita do líder norte-coreano Kim Jong-un a uma fábrica que, de acordo com especialistas, podia ser adaptada para produzir armas biológicas.