A Ucrânia tentou envolver a Alemanha em uma guerra, afirmou o ex-ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, ao canal N-TV.
Sputnik
"Acho que não devemos permitir de modo algum que a Ucrânia nos envolva em uma guerra. A Ucrânia tentou fazer isso", disse o diplomata alemão, comentando o incidente no estreito de Kerch.
Sigmar Gabriel |
Ao mesmo tempo, Gabriel também acusou a Rússia, que protegia suas águas territoriais dos navios ucranianos que as atravessavam, de "violar o direito internacional" e expressou a esperança que a chanceler alemã Angela Merkel consiga "encaminhar as partes para relações normais".
Recentemente, em entrevista ao jornal alemã Funke Media, o líder ucraniano Pyotr Poroshenko falou sobre a necessidade de a Alemanha e seus aliados aumentarem sua presença militar no mar Negro "como um fator dissuasivo para a Rússia". Trechos da entrevista foram publicados no seu site.
Anteriormente, Poroshenko já se tinha mostrado esperançoso que a OTAN viesse apoiá-lo com o envio de navios da OTAN ao mar Negro após o incidente em questão.
Incidente no estreito de Kerch
Em 25 de novembro, três navios ucranianos violaram a fronteira russa entrando nas águas territoriais do país e realizando manobras perigosas. Como as embarcações ucranianas ignoraram os avisos das autoridades russas, a guarda fronteiriça deteve os navios com 24 tripulantes a bordo, o tribunal abriu um processo criminal contra os marinheiros.
Logo após o incidente, Kiev introduziu a lei marcial em 10 regiões do país por 30 dias. A lei limita temporariamente as liberdades e direitos constitucionais dos cidadãos, incluindo o direito de voto e de liberdade de expressão.
Moscou qualificou o incidente como uma provocação que é explicada pela baixa popularidade do presidente Pyotr Poroshenko nas vésperas das eleições presidenciais.