Caso os EUA instalem mísseis de médio alcance na Euorpa, a Rússia responderá, porém, essa resposta deverá ser ponderada e equilabrada, disse Yuri Solomov, designer chefe do Instituto de Moscou de Tecnologia Termal.
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"Haverá uma reação do ponto de vista de uma resposta técnico-militar — não é díficil. Outra coisa é que a resposta deve ser equilibrada, não a mesma da época da União Soviética", disse Solomov ao jornal russo Argumenti Nedeli, nesta quinta-feira (27).
Míssil russo Topol © Sputnik / Aleksandr Kryazhev |
Solomov ainda salientou que os EUA estão atualmente extremamente interessados em instalar mísseis de médio alcance na Europa.
De acordo com o designer chefe, no cumprimento do Tratado de Forças Nucleares de Faixa Intermediária (INF), a União Soviética cometeu uma "estupidez" quanto "800 lança-mísseis Pioneer de médio alcance foram destruídos", enquanto os EUA destruíram apenas uma pequena parcela de seus mísseis Pershing.
Solomov tem desenvolvido seu trabalho no Instituto de Moscou de Tecnologia Termal desde 1971. Ele participou do desenvolvimento dos Pioneer, dos Topol, dos Topol-M e dos mísseis balísticos intercontinentais Yars.
Nos últimos anos, Moscou e Washington têm se acusado mutuanente por violanções do INF. A Rússia tem afirmado repetidas vezes que cumpre estritamente com os compromissos assumidos no acordo.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, chegou a afirmar que Moscou tem sérias dúvidas sobre o cumprimento do acordo por parte dos EUA.
No início de dezembro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que os EUA iriam suspender sua aderência ao INF em 60 dias a não ser que a Rússia voltasse a cumprir o acordo em sua totalidade.
Moscou refuta as alegações de que a Rússia teria violado o acordo de 1987, que bane mísseis de cruzeiro lançados do solo e mísseis de cruzeiro com alcance entre 500 e 5,5 mil quilômetros.
Em resposta às acusações, Moscou rebateu dizendo que os sistemas de defesa dos EUA na Europa podem disparar mísseis sobre um raio que viola os termos do INF.