Maria Butina foi detida em julho. Segundo a imprensa americana, ela estaria tentando fechar um acordo de colaboração com os promotores americanos.
Deutsch Welle
A cidadã russa Maria Butina, que foi detida nos Estados Unidos em julho após ser acusada de espionagem, deve se declarar culpada no processo que começará agora em dezembro, de acordo com documentos judiciais. Segundo a imprensa americana, Butina estaria tentando chegar a um acordo com os promotores americanos.
Segundo as autoridades americanas, Butina iniciou uma suposta operação para tentar favorecer os interesses do Kremlin nos EUA |
A defesa de Butina informou hoje ao tribunal que tramita seu caso que a acusada quer mudar a declaração que fez anteriormente, na qual garantiu que era inocente, o que tinha sido antecipado pela imprensa local ao informar que Butina se declarará culpada no processo judicial que começará ainda esse mês.
Butina deverá comparecer diante da juíza responsável por sua causa, Tanya Chutkan, na próxima quarta-feira. Se for considerada culpada, a jovem pode ser condenada uma pena máxima de 15 anos.
A cidadã russa, que permanece presa devido ao risco de fuga, foi detida em Washington por ser uma suposta agente ilegal do Kremlin, depois que o FBI relatou os esforços da jovem para tecer uma rede de influência na política nacional enquanto permanecia no país com uma bolsa de estudos.
Segundo as autoridades americanas, Butina iniciou uma suposta operação para tentar favorecer os interesses do Kremlin nos EUA, primeiro em território russo e depois no americano.
As conexões de Butina, que trabalhava para um alto funcionário russo, lhe levaram a ter encontros com políticos americanos e com a influente Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês).
Desde a sua detenção, no último dia 16 de julho, seus advogados tinham rejeitado as acusações e pedido a sua libertação. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia já disse que a considera uma "presa política".