No início de dezembro, o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, introduziu a lei marcial em algumas regiões ucranianas localizadas na fronteira russa, após o incidente no Estreito de Kerch, no qual três navios ucranianos cruzaram ilegalmente a fronteira marítima da Rússia.
Sputnik
"São exatamente 14h… e a lei marcial está cancelada. Esta é a minha principal decisão, baseada na análise da atual situação de segurança do Estado e apesar do fato de que a situação em torno da Ucrânia não mudou muito", anunciou o presidente em uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.
Pyotr Poroshenko © AFP 2018 / Toru Yamanaka |
O chefe de Estado também afirmou que a lei marcial não afetou a realização da eleição presidencial na Ucrânia, que deve ser realizada em 31 de março de 2019.
As declarações do presidente ucraniano seguiram as do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Segundo Putin, o incidente no Estreito de Kerch foi uma provocação para introduzir a lei marcial e suspender o direito de voto de regiões com populações russas antes da eleição presidencial na Ucrânia, já que a popularidade de Poroshenko está em baixa.
Em 25 de novembro, os barcos de guerra Berdyansk e Nikopol, da Ucrânia, e o rebocador Yany Kapu, atravessaram ilegalmente a fronteira marítima russa enquanto navegavam em direção ao Estreito de Kerch, em direção do Mar de Azov. Os navios ucranianos foram apreendidos pela Rússia depois de não responderem à patrulha. Após o incidente, Poroshenko assinou um decreto declarando a lei marcial em várias regiões ucranianas localizadas na fronteira russa.