A OTAN encontrou as chaves para superar a defesa da Rússia na Crimeia e em Kaliningrado, afirma o chefe da recém-restaurada Segunda Frota dos EUA, o vice-almirante Andrew Lewis, citado pelo jornal Business Insider.
Sputnik
Em particular, os militares dos EUA têm prestado especial atenção à tática das tropas russas, segundo a qual a Rússia está constantemente expandindo a chamada negação de área (A2/AD, na sigla em inglês) ou seja, a negação ou a interdição do acesso de tropas estrangeiras às áreas estrategicamente importantes.
Navios russos © REUTERS / Maxim Shemetov |
Segundo antes afirmou o ex-comandante das Forças Terrestres dos EUA na Europa, o potencial da Rússia de bloquear o acesso a pontos estratégicos varia de região para região.
"No entanto, esse potencial da Rússia em Kaliningrado e na Crimeia é mais significativo, visto que lá existem sistemas de defesa antiaérea, defesa antimíssil e antinavio, e também estão deslocados vários milhares de soldados", indicou o alto militar.
Ademais, ele adicionou que, em conjunto com os meios de guerra eletrônica e radares, as possibilidades de deslocação das forças da OTAN nessas regiões podem ser significativamente restringidas.
No entanto, de acordo com o vice-almirante Andrew Lewis, citado pelo jornal, a OTAN sabe como lidar com essa tática dos militares russos.
"Não entrando em detalhes sobre os quais não posso falar, estou seguro de que somos capazes de agir em condições de bloqueio. Sei que nossos porta-aviões podem fazê-lo. Sei que nossa força de superfície também pode. Temos um método claro para atingir isso. Baseia-se em uma manobra física e complexa; sabemos ficar silenciosos quando precisamos ser silenciosos e podemos falar quando é necessário falar", declarou.
Além disso, Lewis acrescentou que durante vários anos, os membros da Aliança Atlântica têm prestado especial atenção a essa questão e conseguiram "um progresso sério".