Os 11 superporta-aviões americanos muito importantes para EUA podem se tornar inúteis em um conflito militar com a Rússia ou a China, escreve Business Insider.
Sputnik
De acordo com a publicação, esses porta-aviões da classe Nimitz mais parecem cidades flutuantes com aeródromos, porque se elevam acima da linha da água 40 metros, têm um comprimento de 300 metros e deslocamento de 100.000 toneladas.
USS Harry S. Truman © AP Photo / Fabrizio Bensch/Pool |
A bordo de cada um desses navios, equipado com um reator nuclear, há cerca de 80 aeronaves e mais de 5.000 marinheiros, fuzileiros navais e pilotos. Cada porta-aviões custa mais de 4,5 bilhões de dólares. Como resultado, durante um grande confronto militar a importância de um porta-aviões gigante e a vida de sua tripulação podem ter um valor inestimável para os EUA.
"Os porta-aviões superaram seu papel de plataformas navais convencionais e se tornaram símbolos quase místicos do poder nacional americano. Eles são um símbolo da nação, de sua grandeza", disse o ex-capitão da Marinha norte-americana Jerry Hendricks.
Ao mesmo tempo, a Rússia e a China estão criando mísseis especificamente projetados para a destruição de porta-aviões e capazes de afundar esses navios a partir de uma distância muito além do alcance de suas aeronaves embarcadas. Business Insider indica que, em tal situação, os porta-aviões não poderiam usar seu poder em condições reais de combate.
De acordo com estimativas do antigo assistente especial do chefe de Estado-Maior da Marinha dos EUA, Brian Clark, nas condições mais favoráveis, o grupo de ataque de um porta-aviões é capaz de abater 450 mísseis. Mas a China, por exemplo, pode atacar com 600 mísseis a uma distância de 1.600 quilômetros. Entretanto, isso ainda não leva em consideração as capacidades dos mísseis antinavio russos, incluindo hipersônicos.
O autor da publicação enfatiza que a perda mesmo de apenas um porta-aviões causaria um choque para os EUA. Por essa razão, e também por medo de perder o prestígio nacional e até o poder político, ao presidente dos EUA pode faltar determinação suficiente para usar um porta-aviões nas áreas mais perigosas, apesar das recomendações dos generais.
Os especialistas americanos pedem que os porta-aviões sejam vistos como uma arma de guerra que pode ser perdida, e não como "unicórnios místicos". Embora haja uma opinião de que o inimigo potencial não afundaria porta-aviões americanos sem uma extrema necessidade, temendo um ataque retaliatório.
No entanto, enquanto os especialistas discutem sobre as vantagens ou a inutilidade dos porta-aviões, os EUA continuam a construir esses enormes e caros navios-aeródromo.