Kiev planeja uma nova passagem de navios ucranianos pelo estreito de Kerch, declarou o chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Aleksandr Turchinov.
Sputnik
Respondendo à pergunta sobre a possibilidade de repetir tal passo, Turchinov sublinhou que não se deve "demorar com isso".
Navio da Marinha da Ucrânia © Foto: Domínio Público/Marinha dos EUA/S. Weston Jones |
"Nós também propomos aos nossos parceiros participar dessa passagem de portos ucranianos no mar Negro aos portos ucranianos na costa do mar de Azov", anunciou Turchinov em entrevista à rede BBC.
Segundo ele, as autoridades convidarão representantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e outras organizações internacionais para estarem presentes nos navios ucranianos durante a passagem.
"A nossa iniciativa ainda não recebeu resposta. Mas eu espero que durante a passagem seguinte de navios militares ucranianos pelo estreito de Kerch eles pelo menos nos enviem seus observadores", destacou o chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia considerou as palavras de Turchinov como "absolutamente irresponsáveis" e que se destinam apenas a "agravar a situação".
Na segunda-feira (17), o chanceler russo Sergei Lavrov declarou que a Ucrânia está preparando uma provocação militar na fronteira com a Rússia, planejada para fim de dezembro.
Provocação da Marinha da Ucrânia
A última grande provocação do lado ucraniano teve lugar em 25 de novembro, quando três navios da Marinha ucraniana, Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu, atravessaram a fronteira da Rússia, violando assim o direito marítimo. As embarcações entraram em águas temporariamente fechadas e efetuaram manobras perigosas, ignorando as exigências da Guarda Costeira russa.
A Guarda Costeira russa se viu obrigada a usar armas. Em seguida, todos os navios ucranianos foram apreendidos e as tripulações foram detidas. O lado russo abriu um processo criminal por violação da fronteira.
Após o incidente, o parlamento ucraniano aprovou a imposição da lei marcial em 10 regiões da Ucrânia por 30 dias.
Segundo o líder russo, a ação hostil ucraniana no mar Negro está associada à baixa popularidade do presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, em vésperas das eleições.