EUA também pediram que União Europeia apliquem sanções aos envolvidos no programa nuclear iraniano.
France Presse
Os embaixadores de França e Reino Unido solicitaram nesta segunda-feira (3) uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, após acusarem o Irã de lançar um míssil de médio alcance neste fim de semana, informaram fontes diplomáticas. A princípio, a reunião deve ocorrer nesta terça-feira (4).
Os embaixadores de França e Reino Unido solicitaram nesta segunda-feira (3) uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, após acusarem o Irã de lançar um míssil de médio alcance neste fim de semana, informaram fontes diplomáticas. A princípio, a reunião deve ocorrer nesta terça-feira (4).
Montagem com fotos dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e do Irã, Hassan Rouhani — Foto: AP Photo |
A França declarou estar preocupada com este lançamento teste ocorrido supostamente no sábado, que descreveu como "provocativo e desestabilizador", e que "não se enquadra" na resolução 2231 da ONU sobre o acordo com o Irã.
Já o secretário britânico de Relações Exteriores, Jeremy Hunt, qualificou o teste de "provocativo, ameaçador e inconsistente" com as diretrizes da ONU, acrescentando que "devem cessar" definitivamente.
Os Estados Unidos consideraram que o suposto teste foi uma violação da resolução da ONU que apoiou o acordo nuclear de 2015 entre Irã e as seis potências, do qual Washington já se retirou. Esta resolução pede que o Irã se abstenha de testar mísseis capazes de carregar ogivas nucleares.
O Irã afirma que seu programa de mísseis tem natureza defensiva e não visa lançar qualquer arma nuclear, uma posição apoiada pela Rússia no Conselho de Segurança.
EUA pedem sanções
Os Estados Unidos pediram à União Europeia (UE) nesta segunda-feira (3) para aplicar sanções contra o programa de mísseis balísticos do Irã. O governo norte-americano qualificou os testes como "ameaça grave e crescente".
Durante o fim de semana, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, acusou o Irã de testar um míssil de médio alcance capaz de transportar múltiplas ogivas e atingir partes da Europa e todo o Oriente Médio.
"O governo iraniano afirma que seus testes de mísseis têm um caráter puramente defensivo. Não são defensivos", disse à imprensa o enviado especial de Washington, Brian Hook, aos repórteres a bordo do avião de Mike Pompeo enquanto viajava a Bruxelas para uma reunião da Otan.
"Gostaríamos que a União Europeia empregasse sanções que apontem para o programa de mísseis do Irã", pediu Hook
Hook disse que a campanha de "pressão máxima" do presidente Donald Trump sobre Teerã desde que se retirou do acordo nuclear com o Irã "pode ser efetiva se mais nações puderem se juntar a nós nessas sanções".
"É uma ameaça séria e crescente, e as nações de todo o mundo, não apenas a Europa, devem fazer o possível para atacar o programa de mísseis do Irã", acrescentou.
Hook disse que há um "progresso" para que os aliados da Otan considerem uma proposta voltada para indivíduos e entidades que desempenham um papel fundamental no programa de mísseis do Irã.
Os Estados Unidos decidiram em maio se retirar do acordo nuclear de 2015 e voltar a impor sanções ao Irã.
Os países da UE denunciaram a medida e estão trabalhando para preservar o acordo nuclear, embora também tenham criticado as posições iranianas em outras questões.