A França é o novo "homem doente da Europa", afirmou o ministro de Relações Exteriores da Polônia, citando os distúrbios dos coletes amarelos e o recente ataque jihadista em Estrasburgo. A Polônia, por outro lado, é um "ponto brilhante" do continente, prosseguiu.
Sputnik
Os problemas da França estão prejudicando toda a região, declarou Jacek Czaputowicz ao canal de TV Polsat News na última segunda-feira.
Jacek Czaputowicz © AP Photo / Czarek Sokolowski |
"A França é o homem doente da Europa, é um empecilho para a Europa, enquanto a Polônia é um ponto brilhante", pontuou.
O ataque terrorista em Estrasburgo, que deixou cinco pessoas mortas, bem como os protestos dos coletes amarelos que vêm acontecendo nas últimas semanas, provam "que algo não está certo na França", segundo o chanceler polonês.
Ao mesmo tempo, "a retirada do presidente [francês Emmanuel] Macron das reformas do Estado" — causada pela pressão dos manifestantes — também é uma coisa "triste".
O título nada invejável de "o homem doente da Europa" foi cunhado em meados do século XIX e originalmente se referia ao Império Otomano, enquanto os outros impérios poderosos de outrora circulavam pelo Estado decadente.
Quando o Império Otomano entrou em colapso após a Primeira Guerra Mundial, muitos países europeus foram rotulados de "doentes" quando passaram por vários problemas domésticos.
A própria França não recebe pela primeira vez a questionável 'honra'. No final dos anos 2000, o país foi designado assim em um relatório do banco estadunidense Morgan Stanley, enquanto a mídia europeia se referiu à França por esse "título" em meados de 2010.