O ex-ministro da Marinha – e atual Decano dos Submarinistas brasileiros –, almirante de esquadra Alfredo Karam, disse ao vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, que o país precisa ter uma “marinha de dissuasão”.
Por Roberto Lopes | Poder Naval
Os dois se sentaram à mesma mesa no almoço de fim de ano promovido, neste domingo (23.12), pelo Clube Piraquê – sede esportiva do Clube Naval –, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.
Navios da Marinha do Brasil em manobras táticas |
Ouvido com exclusividade, no início da noite desta segunda-feira (24.12) pelo Poder Naval, Karam, de 93 anos, recordou: “Disse a ele [Mourão] que não precisamos de uma Marinha grande, e sim de uma marinha de dissuasão, dotada dos meios que sinalizem para um eventual agressor os riscos que ele correrá caso decida nos agredir”.
A advertência foi ouvida por outros dois oficiais da Força Naval que ocupavam lugares à mesa (juntamente com quatro senhoras que acompanhavam o grupo): o Comandante da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira, e o ex-Comandante da Força, almirante de esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, de 79 anos.
Karam também fez a Mourão uma sugestão: “eu o convidei a visitar a nossa base de submarinos [Base Almirante Castro e Silva], para conhecer a situação em que se encontra a Arma Submarina e o apoio institucional que ela requer. O general Mourão disse que irá conhecer a base”.
Clube Militar
A confraternização do domingo, organizada pelo Comodoro do Clube Piraquê, vice-almirante (médico) José Carlos Monteiro de Melo, reuniu cerca de 70 militares e suas esposas, e se estendeu até o meio da tarde.
Compareceram ao evento, entre outros, o secretário-geral da Marinha, almirante de esquadra Liseo Zampronio, e o comandante-em-chefe da Esquadra, almirante Alípio Jorge Rodrigues da Silva (recentemente promovido a quatro estrelas).
Karam e Hamilton Mourão já se conheciam.
Em uma noite de setembro deste ano, o ex-ministro da Marinha foi convidado a comparecer a uma reunião fechada, presidida por Mourão na sede esportiva do Clube Militar, que também fica na Lagoa, no Rio.
Diante de uma plateia de quatro militares da reserva (todos ligados ao Clube Militar) e um civil, Karam foi instado a falar sobre a situação da Força Naval e suas necessidades.
O almirante discorreu sobre o estrangulamento financeiro da corporação diante dos seus compromissos com o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) – um acordo de governo a governo estabelecido em 2009 com o Ministério da Defesa da França –, e a necessidade urgente de apoio à recomposição da força de escoltas da Esquadra – em especial ao programa dos navios Classe Tamandaré (em fase final de seleção do estaleiro estrangeiro que fornecerá o projeto do barco).
Karam tem boa impressão do vice-presidente eleito na chapa do deputado Jair Bolsonaro: “eu o acho muito accessível”, disse o ex-ministro, nesta segunda, ao PN.
Osmose Reversa
Compareceram ao evento, entre outros, o secretário-geral da Marinha, almirante de esquadra Liseo Zampronio, e o comandante-em-chefe da Esquadra, almirante Alípio Jorge Rodrigues da Silva (recentemente promovido a quatro estrelas).
Karam e Hamilton Mourão já se conheciam.
Em uma noite de setembro deste ano, o ex-ministro da Marinha foi convidado a comparecer a uma reunião fechada, presidida por Mourão na sede esportiva do Clube Militar, que também fica na Lagoa, no Rio.
Diante de uma plateia de quatro militares da reserva (todos ligados ao Clube Militar) e um civil, Karam foi instado a falar sobre a situação da Força Naval e suas necessidades.
O almirante discorreu sobre o estrangulamento financeiro da corporação diante dos seus compromissos com o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) – um acordo de governo a governo estabelecido em 2009 com o Ministério da Defesa da França –, e a necessidade urgente de apoio à recomposição da força de escoltas da Esquadra – em especial ao programa dos navios Classe Tamandaré (em fase final de seleção do estaleiro estrangeiro que fornecerá o projeto do barco).
Karam tem boa impressão do vice-presidente eleito na chapa do deputado Jair Bolsonaro: “eu o acho muito accessível”, disse o ex-ministro, nesta segunda, ao PN.
Osmose Reversa
Sede, há mais de sete décadas, da Força de Submarinos da Esquadra (ForSub), a Base Almirante Castro e Silva (BACS), na Ilha de Mocanguê Grande (Baía da Guanabara), tem se esforçado por manter um padrão de qualidade compatível com o que dela se espera: funcionar como Base de Apoio bem qualificada para todas as classes de submarinos operados pela MB.
Nove meses atrás, a BACS inaugurou um Sistema de Tratamento de Água por Osmose Reversa com Eletrodeionizador embutido – equipamento capacitado a atender a demanda de água destilada dos meios da Marinha.
O evento, nas dependências da Base, foi prestigiado, entre outros chefes militares, pelo contra-almirante Humberto Caldas da Silveira, da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN).
O novo sistema possui uma tecnologia inovadora que permite remoção dos sais dissolvidos na água de entrada num processo seguro e limpo, sem uso de produtos químicos, e com capacidade de 1.000 litros por hora de vazão de água tratada.
A utilização de água destilada é fundamental para operação adequada e segura dos meios submarinos, em especial, baterias e sistema elétrico, e seu fornecimento dentro dos mais elevados parâmetros constitui parte das atribuições de uma Base de Submarinos.
Sua aquisição fez-se necessária tendo em vista os requisitos mais restritos e exigentes dos S-BR, atualmente em fase final de construção em Itaguaí, ressaltando que o produto do novo equipamento é de extrema importância para atender a demanda de água destilada dos submarinos das classes Tupi e Tikuna e, subsidiariamente, aos demais meios da Marinha do Brasil.
Nove meses atrás, a BACS inaugurou um Sistema de Tratamento de Água por Osmose Reversa com Eletrodeionizador embutido – equipamento capacitado a atender a demanda de água destilada dos meios da Marinha.
O evento, nas dependências da Base, foi prestigiado, entre outros chefes militares, pelo contra-almirante Humberto Caldas da Silveira, da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN).
O novo sistema possui uma tecnologia inovadora que permite remoção dos sais dissolvidos na água de entrada num processo seguro e limpo, sem uso de produtos químicos, e com capacidade de 1.000 litros por hora de vazão de água tratada.
A utilização de água destilada é fundamental para operação adequada e segura dos meios submarinos, em especial, baterias e sistema elétrico, e seu fornecimento dentro dos mais elevados parâmetros constitui parte das atribuições de uma Base de Submarinos.
Sua aquisição fez-se necessária tendo em vista os requisitos mais restritos e exigentes dos S-BR, atualmente em fase final de construção em Itaguaí, ressaltando que o produto do novo equipamento é de extrema importância para atender a demanda de água destilada dos submarinos das classes Tupi e Tikuna e, subsidiariamente, aos demais meios da Marinha do Brasil.