Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) recuperaram neste sábado o controle sobre a maior parte da cidade de Hayin, um dos seus últimos redutos no leste da Síria, depois que os milicianos das Forças da Síria Democrática (FSD), aliança liderada por curdos, haviam dominado mais da metade da região.
EFE
Os extremistas aproveitaram as condições meteorológicas desfavoráveis na região desértica para lançar um contra-ataque contra as FSD, apoiadas pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, segundo informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Terroristas do Daesh (Estado Islâmico) | Reprodução |
A fonte detalhou que as minas plantadas pelos jihadistas obstaculizaram o avanço dos milicianos das FSD, apesar do apoio aéreo da aliança internacional.
Além disso, afirmou que pelo menos 56 combatentes do EI morreram nos últimos dias nos enfrentamentos violentos com as FSD, que perderam 44 milicianos nas suas fileiras.
Nem as FSD nem a aliança internacional reagiram a esta informação até o momento.
A última vez que os jihadistas realizaram um contra-ataque foi também aproveitando uma tempestade de areia na região, situada na margem oriental do rio Eufrates, na província síria de Deir ez-Zor.
Por sua parte, a agência "Amaq", vinculada aos jihadistas, publicou um breve comunicado na rede de mensagem Telegram, cuja autenticidade não pôde ser verificada, na qual assegurava que 10 combatentes das FSD tinham morrido em um contra-ataque.
No último da 6 de dezembro as FSD conseguiram o controle de mais da metade de Hayin, após os enfrentamentos que continuavam entre os combatentes do EI desde 3 de dezembro, quando penetraram na região.
As FSD desenvolvem uma ampla campanha há mais de um ano contra o EI na Síria e em setembro lançaram uma ofensiva com a intenção de acabar definitivamente com os últimos redutos dos extremistas nos arredores do rio Eufrates, perto da fronteira iraquiana.
A coalizão assegura que cerca de 2.000 combatentes do EI se encontram postados ainda no seu último reduto, que também abrange as localidades de Sousse e Al Shaafa, que são bombardeadas continuamente pelos aviões da aliança, que deixaram também dezenas de civis mortos no último mês.
Nesse sentido, a coalizão indicou que esse terreno que controlam representa 1% do território no país árabe.