O Departamento de Estado dos EUA mais uma vez pediu para que a Rússia liberte os marinheiros ucranianos detidos no estreito de Kerch, ameaçando com consequências graves caso Moscou se recuse a soltá-los.
Sputnik
O comunicado de imprensa foi publicado no site oficial do Departamento de Estado dos EUA. No entanto, a identidade do alto oficial que respondeu às questões não foi divulgada.
Navios ucranianos detidos pela Rússia © Sputnik / Assessoria de imprensa da guarda fronteiriça do Serviço Federal de Segurança da Rússia na Crimeia |
"Nós queremos que os russos absorvam a mensagem que eles precisam libertar a tripulação ou então haverá consequências e a dor crescerá com o tempo", declarou um alto oficial americano.
Além do mais, ele acrescentou que "é nossa mensagem constante e generalizada para várias formas de comportamento agressivo".
Entretanto, ele mais uma vez repetiu a posição de Washington quanto ao incidente no estreito de Kerch. Segundo as palavras do representante estadunidense, as ações da Rússia representam um "ato de agressão" e uma "evidente escalada militar e violação de direito internacional e liberdade de navegação".
Nessa conexão, opina, a Rússia deve entender a continuidade do agravamento das consequências dos EUA enquanto os marinheiros da Marinha ucraniana continuarem detidos.
"Eles devem libertar as tripulações, devolver os navios, e isso não é algo a qual não daremos atenção", sublinhou.
Em 25 de novembro, três navios da Marinha ucraniana — Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu — atravessaram a fronteira da Rússia, violando, assim, o direito marítimo. Os navios entraram na zona aquática temporariamente fechada e realizaram manobras perigosas, sem reagir aos avisos da Guarda Costeira russa.
O lado russo se viu obrigado a usar armas. Após o confronto, todos os navios ucranianos foram detidos. Como resultado, a Rússia abriu um processo criminal por violação da fronteira.
Em 26 de novembro, a Suprema Rada (parlamento ucraniano) aprovou imposição da lei marcial em 10 regiões da Ucrânia por 30 dias.