Dois bombardeiros estratégicos russos Tu-160, um avião de transporte militar An-124 e uma aeronave IL-62 chegaram nesta segunda-feira (10) à Venezuela, procedentes da Rússia. Analista político russo comenta a importância deste voo.
Sputnik
Segundo informou a defesa russa, os aviões voaram uma distância total de 10 mil quilômetros. Em algumas partes do trajeto, as aeronaves russas foram acompanhadas por caças F-16 da Força Aérea da Noruega.
Tupolev Tu-160 na Venezuela © AFP 2018 / Federico Parra |
O ministério russo sublinhou que o voo foi realizado em estrita concordância com as regulamentações internacionais.
O analista militar Andrei Koshkin destacou a dificuldade do voo realizado e o profissionalismo dos pilotos russos, que cumpriram a tarefa com sucesso e conforme a lei internacional.
"A cooperação que está sendo desenvolvida ativamente hoje em dia entre a Rússia e a Venezuela demonstra que tais distâncias colossais não representam obstáculo nem para nossos especialistas, nem para o equipamento militar. Acho que o voo é um bom exemplo para o Ocidente, liderado pelos EUA, que estão acostumados a permanecer perto das fronteiras russas e a fazer o que consideram necessário", falou Koshkin para o serviço russo da Rádio Sputnik.
A Rússia, por sua vez, ressalta o especialista, simplesmente mostra que é capaz de construir relações com países latino-americanos e realizar manobras conjuntas.
Na semana passada, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu se encontrou com o homólogo venezuelano, Vladimir Padrino López, e expressou a esperança de que aviões de combate russos possam continuar realizando voos para a Venezuela, assim como navios possam atracar em portos venezuelanos.
Shoigu sublinhou que tais voos são para os militares russos "uma oportunidade de obter experiência importante para a aviação de longo curso e manter o equipamento em estado operacional".