O incidente entre os dois navios ocorreu ainda no fim de setembro, mas os detalhes, em particular a transcrição do diálogo entre as tripulações, só agora vieram à tona.
Sputnik
Em 30 de setembro, o destróier USS Decatur e o navio de guerra chinês Luyang efetuaram uma aproximação perigosa no mar do Sul da China. O jornal South China Morning Post teve acesso a filmagens do incidente, na qual se pode ouvir um militar americano dizendo que o navio chinês "está tentando nos empurrar para fora do caminho".
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O jornal também acedeu à transcrição das comunicações via rádio entre as duas embarcações, concedida pelo Ministério da Defesa da Grã-Bretanha, mostrando que o navio chinês ameaçou o USS Decatur antes de se aproximar, avisando que este "sofreria consequências" se não mudasse o rumo.
"Estão seguindo um curso perigoso. Se não o mudarem, sofrerão consequências", comunicou o navio chinês, segundo a mídia.
"Estamos efetuando uma passagem inocente", teria respondido a tripulação americana.
A Marinha americana afirmou que a "manobra insegura e pouco profissional" do navio chinês fez com que o destróier americano, que estava realizando uma operação de liberdade de navegação perto das disputadas Ilhas Spratly, tivesse que manobrar para evitar a colisão.
Pequim, por sua parte, respondeu que USS Decatur entrou nas águas chinesas, demonstrando ações provocadoras.
Anteriormente, os navios chineses e estadunidenses já tinham estado envolvidos em incidentes semelhantes no mar do Sul da China, mas que o que ocorreu em 30 setembro foi o mais grave até agora, segundo fontes norte-americanas.