O governo russo impôs nesta quinta-feira sanções a 322 pessoas e 68 empresas vinculadas ao governo ucraniano, entre elas políticos, empresários, militares e integrantes da Justiça e dos serviços de inteligência.
EFE
Moscou - O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, assinou hoje a resolução com a "lista negra" dos sancionados solicitada pelo presidente Vladimir Putin, em 22 de outubro, em resposta às ações "poucas amistosas" da Ucrânia, "contrárias à lei internacional e relacionadas à imposição de restrições a cidadãos e entidades da Rússia".
Foto de arquivo que mostra o presidente Russo, Vladímir Putin (dir.), e o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev (esq.). EFE/ Yuri Kochetkov |
De acordo com a agência de notícias russa "RIA Novosti", a lista inclui Olexiy, filho mais velho do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko; os ministros ucranianos do Interior, Arsen Avakov, e da Defesa, Stepan Poltorak; o vice-ministro da Defesa, Pavlo Petrenko; o secretário do Conselho de Segurança Nacional e da Defesa, Oleksandr Turchynov; e o responsável do Serviço de Segurança, Vasyl Hrytsak.
Também figuram o procurador-geral da Ucrânia, Yuriy Lutsenko; o chefe do Estado Maior, Viktor Muzhenko; e o embaixador ucraniano nos Estados Unidos, Valeriy Chaly.
Entre os sancionados estão ainda os ex-primeiros-ministros Yulia Tymoshenko e Arseniy Yatsenyuk, o ex-líder do radical "Setor de Direitas" Dmytro Yarosh e o executivo-chefe da Naftogaz, Andriy Kobolyev.
De acordo com o presidente russo, as sanções impostas poderão ser canceladas se a Ucrânia suspender as suas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse à imprensa que o governo espera que com isso os líderes ucranianos "cedo ou tarde mostrem uma pequena vontade política de normalizar as relações com a Rússia", conforme a agência "Itar-Tass".
A Rússia tomou essa decisão depois que a Ucrânia impôs restrições, em setembro, às empresas russas RZD Logistics, Promkompleksplast e Gazgolder, pela colaboração com as repúblicas autoproclamadas de Lugansk e Donetsk, no leste ucraniano. Meses antes, em maio, Poroshenko assinou um decreto com novas sanções contra a Rússia e estendeu as impostas desde 2014, quando o país fez a anexação da Península da Crimeia.
As sanções da Ucrânia são dirigidas a quase 1.750 pessoas e 750 entidades. Elas afetam principalmente empresas russas dos setores de Defesa, tabaco, aviação, transporte e finanças, assim como jornalistas, políticos, ativistas, militares e empresários com negócios na Crimeia.