O surgimento de glorificação do nazismo em uma série de países pode ocasionar perigosas consequências em forma de conflitos internos, declarou Andrei Klishas, chefe do Comitê Legislativo do Conselho da Federação da Rússia.
Sputnik
Em 15 de novembro, o Terceiro Comitê da Assembleia Geral da ONU adotou o projeto de resolução, sugerido por uma série de países, incluindo a Rússia, contra a glorificação do nazismo. Na votação, 130 países votaram a favor, 51 se abstiveram e apenas dois votaram contra — os Estados Unidos e a Ucrânia.
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"Não é segredo que o surgimento da glorificação do nazismo, infelizmente, tem lugar em uma série de governos atualmente, podendo ocasionar perigosas consequências em forma de conflitos internos. A história mundial sabe outros exemplos de consequências extremamente negativas da manifestação dos ideais nazistas, que levaram muitas vezes ao genocídio, sendo um dos casos mais sangrentos o de Ruanda em 1994", afirmou Klishas à Sputnik.
Segundo ele, a recusa dos Estados Unidos e da Ucrânia de apoio à resolução da ONU contra a glorificação do nazismo demonstra que eles não desejam aderir aos "princípios e ideais fundamentais da moderna ordem mundial".
"O fato de alguns Estados terem esquecido lições históricas pode ter consequências duradouras, especialmente em seus assuntos da política interna. Flerte com ideais nazistas nunca alcança bondade", disse Klishas.
O senador afirmou que no sistema de relações internacionais, não há consenso completo sobre o problema da glorificação do nazismo, e alguns países tentam reabilitar ideias que causaram muitos conflitos sangrentos no passado para usá-las nos interesses políticos.