O confronto entre Israel e Palestina na Faixa de Gaza não será resolvido em um futuro próximo, a próxima escalada do conflito palestino-israelense se deve à questão ainda não resolvida do estatuto da Faixa de Gaza, disse o editor-chefe da revista Arsenal Otechestva, coronel Viktor Murakhovsky.
Sputnik
Mais cedo, os militares israelenses relataram que na noite passada atacaram cerca de 150 alvos na Faixa de Gaza desde o início da atual rodada de confrontos com militantes palestinos, que dispararam em meio dia quase 400 foguetes e granadas de morteiro contra o sul de Israel.
Fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza © REUTERS / Amir Cohen |
"Se você olhar em retrospectiva, o que está acontecendo agora em Gaza é uma situação comum. Falando sobre a situação atual, isto é uma agudização do confronto entre Israel e Palestina. A confrontação está se agravando porque não foi resolvida a questão do estatuto da Faixa de Gaza, da entrada no território de Israel. Esta é uma questão fundamental, mas Israel não quer resolvê-la. É difícil dizer como o conflito poderia acabar", disse Murakhovsky.
Segundo o especialista, todas as propostas que a Rússia e a ONU têm apresentado para resolver o conflito são bloqueadas pelos aliados de Israel, os Estados Unidos, eles têm repetidamente imposto o veto sobre essas propostas. "Em um futuro previsível, eu não vejo uma solução para este conflito", acrescentou o analista.
Desde o início da atual rodada de confrontos, que se tornou a maior desde a guerra de 2014, os israelenses contaram 370 lançamentos de foguetes e granadas de morteiro a partir da Faixa de Gaza, dos quais cerca de cem foram interceptados pelo sistema de defesa antimíssil Iron Dome (Cúpula de Ferro).