Dois jornalistas brasileiros e um espanhol foram detidos durante horas por militares venezuelanos quando realizavam uma reportagem na fronteira entre Brasil e Venezuela, denunciou nesta nesta terça-feira o site de notícias Late, para o qual trabalhavam.
France Presse
Os brasileiros Tiago Henrique da Silva e Fernanda Kraide Camuzzo, e o espanhol Álvaro Fernández Fernández foram detidos na noite de segunda-feira, quando cobriam a crise migratória venezuelana na localidade de Santa Elena, sendo libertados na tarde desta terça.
Os brasileiros Tiago Henrique da Silva e Fernanda Kraide Camuzzo, e o espanhol Álvaro Fernández Fernández foram detidos na noite de segunda-feira, quando cobriam a crise migratória venezuelana na localidade de Santa Elena, sendo libertados na tarde desta terça.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro © Fornecido por AFP |
"Confirmamos que o Exército venezuelano libertou nossos colegas detidos durante quase 24 horas, a partir da noite de 12 de novembro, no Centro Militar de Escamoto, na cidade de Santa Elena. Nossos companheiros já se encontram no território brasileiro", informou o Late.
Os jornalistas foram "completamente" revistados e passaram a noite em colchonetes, segundo Late, um empreendimento editorial de jornalistas latino-americanos.
O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) da Venezuela denunciou o incidente como uma "prática sistemática de assédio" à mídia internacional por parte das autoridades venezuelanas.
Em setembro passado, uma jornalista argentina e dois britânicos foram detidos durante oito horas por militares venezuelanos na localidade de Paraguachón (noroeste), na fronteira com a Colômbia.
Organizações como o SNTP e o Espaço Público acusam o governo do presidente Nicolás Maduro de violar a liberdade de expressão com o fechamento de jornais, censura e restrições à entrega de papel de imprensa, controlado pelo Estado.