Os jogos de guerra entre as forças aéreas israelense e grega duraram 12 dias e contaram com a participação de quatro esquadrões de caças F-16I de Israel, que "treinaram diversos cenários", de acordo com o jornal Jerusalem Post.
Sputnik
Durante os exercícios aéreos recentes com a Grécia, a Força Aérea israelense (FAI) pôde treinar especificamente o combate contra sistemas de mísseis terra-ar S-300, alega um usuário do Twitter apelidado de Rambo.
F-16 israelenses | REUTERS/BAZ RATNER |
Seus comentários vieram depois do término do que os militares israelenses consideraram como "um dos maiores exercícios de caças realizados pela FAI no exterior em 2018".
O Jerusalem Post, por sua vez, relatou que as forças aéreas dos dois países "praticaram combates aéreos simulados, bombardeamentos do solo e voos em ambientes ameaçados por sistema avançados de mísseis terra-ar", em uma aparente referência às baterias de S-300 russas.
No início de novembro, o jornal Al-Masdar News citou uma fonte anônima militar de Damasco dizendo que a Força Aérea israelense não tem conduzido operações na Síria desde que a Rússia entregou unidades de defesa antiaérea S-300 às forças do governo sírio.
Em 3 de outubro, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, anunciou que Israel estava insatisfeito com a entrega dos sistemas S-300 para a Síria, mas que não iria interromper suas operações militares na região.
Anteriormente, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou que a Rússia concluiu a entrega de novos sistemas S-300 à Síria, incluindo 49 componentes de equipamentos relacionados como radares, sistemas básicos de aquisição de alvos, postos de comando e quatro lançadores.
A decisão foi tomada após a destruição inadvertida de uma aeronave de reconhecimento russa Il-20 pela defesa antiaérea síria que repelia um ataque aéreo israelense.
Os militares russos responsabilizaram Tel Aviv pela queda do avião, enfatizando que um caça israelense usou o avião russo como escudo contra os sistemas de defesa antiaérea da Síria.
Israel rejeitou as acusações, alegando que havia avisado Moscou com antecedência sobre o ataque aéreo na área.
Os sistemas de mísseis S-300 foram incialmente comprados pelo Chipre em meados da década de 1990, e mais tarde foram transferidos para ilha grega de Creta após objeções da Turquia.