Segundo exército de Israel, um ônibus israelense foi atingido por um projétil. Violência acontece após operação secreta em Gaza que resultou na morte de um comandante do Hamas, seis outros militantes palestinos e um coronel israelense.
Por G1
O governo de Israel informou que dezenas de foguetes foram lançados da Faixa de Gaza contra áreas do sul israelense, ao que respondeu enviando caças para destruir "alvos terroristas" no território palestino, nesta segunda-feira (12). Três palestinos morreram nos ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde local.
Mísseis do sistema antiaéreo Iron Dome na cidade israelense de Ashkelon — Foto: Amir Cohen / Reuuters |
Sirenes de alerta foram acionadas no sul de Israel e um ônibus israelense foi atingido pelos projéteis palestinos, segundo o exército israelense. O "Iron Dome", sistema de interceptação de mísseis dos israelenses, foi ativado.
Até então, a calma parecia ter voltado à fronteira entre Israel e Gaza após a operação secreta israelense na Faixa de Gaza que foi descoberta e levou a combates que resultaram na morte de um comandante do Hamas, seis outros militantes palestinos e um coronel israelense.
Palestinos lançaram 17 foguetes contra o sul de Israel na noite de domingo em reação à incursão e a ataques aéreos que o Hamas, o principal grupo armado de Gaza, disse terem visado cobrir o recuo de um carro usado pelos soldados israelenses.
Não surgiram relatos de feridos ou danos em Israel, mas os militares disseram que um coronel, identificado somente como "M", foi morto na operação e que outro militar ficou ferido.
Emissora de TV
A Força Aérea israelense destruiu, na noite de segunda-feira, o edifício da Al-Aqsa TV, a emissora do movimento islamista palestino Hamas.
Segundo a France Presse, os ataques israelenses foram antecedidos pelo envio de dispositivos não explosivos, ou de baixa potência, que o Exército israelense costuma usar para indicar aos ocupantes de um prédio civil que esvaziem as instalações antes de um ataque.
A emissora, que ficou temporariamente fora do ar após o ataque, anunciou depois no Twitter que ia retomar sua difusão de um lugar não especificado, "depois da destruição (de sua) sede por aparelhos" israelenses.
O Exército israelense justificou a destruição da sede da emissora pelos disparos de foguetes e de morteiros palestinos que caíram em Israel desde domingo à noite.
Al-Aqsa TV é "propriedade e o instrumento de Hamas", disse o Exército em um comunicado.
Violência
A violência tem irrompido com regularidade na fronteira Israel-Gaza desde que palestinos iniciaram protestos no local em 30 de março para exigir direitos a terras perdidas na guerra de 1948 que levou à fundação de Israel.
Ônibus pegou fogo perto do kibbutz de Kfar Aza após ser atingido por foguete lançado de Gaza, segundo Israel — Foto: AFP/Kahana |
Disparos israelenses mataram mais de 220 palestinos desde o início das manifestações, que incluíram invasões pela cerca da divisa de Israel.
O Hamas disse que, durante os confrontos de domingo, agressores em um veículo em movimento abriram fogo contra um grupo de seus homens armados e mataram um de seus comandantes locais, Nour Baraka.
Em seguida houve uma perseguição, e testemunhas afirmaram que aeronaves israelenses dispararam mais de 40 mísseis na área. Autoridades palestinas disseram que, além de Baraka, cinco outros homens do Hamas e um membro dos Comitês de Resistência Popular foram mortos.
Em uma tentativa aparente de apaziguar as tensões, o principal porta-voz dos militares de Israel disse que as forças especiais não foram acionadas para assassinar comandantes do Hamas, uma tática que intensificou conflitos no passado e que foi praticamente descartada.