Uma equipe de cientistas do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos EUA, elaborou um esquema que permite detectar sinais de decomposição radioativa, achado que pode ser crucial para o futuro da humanidade.
Sputnik
De acordo com as informações publicadas no portal Phys.org, o aparelho usado pelos pesquisadores capta as partículas de urânio ou plutônio através de uma "armadilha" ótica, o que permite registrar suas vibrações devido à consequente emissão de partículas secundárias.
Los Alamos scientists Alexander Malyzhenkov and Alonso Castro demonstrate levitating uranium particles with laser beams | Los Alamos National Laboratory |
Esta técnica é completamente inovadora para a área de investigação forense nuclear e pode ser utilizada, por exemplo, na criminalística nuclear, quando se precisa detectar fontes de radiação que podem ser usadas como armas de destruição maciça.
Os cientistas descobriram que, do ponto de vista técnico, é possível registrar com precisão a energia cinética de um nuclídeo libertada por uma partícula radioativa. Para isso, a partícula micrométrica ou submicrométrica em tamanho é colocada na chamada "pinça ótica", ou seja, em uma ferramenta que permite manipular o objeto através da luz de laser. A questão é que a partícula acumula completamente o impulso do átomo secundário e começa a vibrar, o que pode ser facilmente detectado.
Alonso Castro, um dos membros da equipe, ressaltou que o conceito de "pinça ótica" foi objeto de premiação por parte do Nobel neste ano e promete ainda mais avanços no futuro.
"O próximo passo seria avaliar esses deslocamentos e depois calcular a energia do recuo. O impacto da nossa abordagem consiste em que ela pode logo determinar a composição isotópica de diferentes tipos de partículas manométricas e inferiores encontradas em cenários de investigação forense nuclear", disse ele ao portal.